Classificação das florestas em Moçambique

Classificação das florestas em Moçambique

 Indice

Introdução…………………………………………………………………………. ……1

Classificação das florestas………………………………………………………….……2

Componentes das formações florestais de Moçambique………………………………...3

Formação de zonas aluvionares……………………………………………………….…4

Formações lenhosas dos montes libombos………………………………………...…….4

Potencialidades, vantagens desvantagens socioeconómicos em Moçambique…………………………………………………………………………….4

Principais essências florestais…………………………………………………………...5

Essências florestais autótones…....……………………………………………………...5

Essências florestais exóticas…………………………………………………………….6

Conclusão……………………………………………………………………………….7

Bibliografia………………………………………………………………………………8

 Introdução

Ao introduzir ao tema Silvicultura poderemos nos deparar com as diferentes formações florestais de Moçambique, as características gerais das arvores e do sítios, e também o conjunto de todas as medidas tendentes a incrementar o rendimento económico das arvores ate se alcançar um nível que permita maneio sustentável, os vários métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentos florestais com vista a satisfazer a necessidades do mercado e ao mesmo tempo a manter o uso racional e sustentável das florestas. 

Classificação das florestas

 A classificação da floresta obedece a critérios, tais como: densidade e extensão da floresta, origem, a composição de seus indivíduos e a altura das árvores. Com base nos critérios referenciados as florestas classificam-se em:

Quanto a densidade e extensão:

Selva: quando a floresta for tão densa que a luz quase não penetra no seu interior, com árvores altas e copas que se encontram, sendo as camadas inferiores formadas por vegetação abundante.

Mata: uma área restrita (pequena extensão de floresta). A floresta e a mata diferem extensão de área que ocupam.

Bosque: pequeno agrupamento ou comunidade de árvores pouco densa, deixando penetrar a luz, com poucas trepadeiras e geralmente com sub-bosque raro.

 

Quanto a composição dos indivíduos:

Floresta pura: quando a floresta tem 90% ou mais de indivíduos de uma só espécie.

Floresta mista: quando a floresta é formada por duas ou mais essências, sendo que nenhuma delas entra com a percentagem de, pelo menos, 90%.

Quanto a altura dos indivíduos:

Floresta simples: quando os indivíduos tiverem altura uniforme, em que todas as árvores possuem mais ou menos a mesma altura.

 

Floresta composta: quando não há uniformidade de alturas das árvores e o maciço apresenta árvores com varias alturas.

Quanto a origem e formas de regeneração:

Floresta natural: quando esta tiver surgido naturalmente sem intervenção do Homem.

 

Floresta artificial: quando a floresta tiver surgido com a intervenção do Homem.

Componentes das formações florestais em Moçambique


-Floresta aberta

Apresenta um ou dois estratos arbóreos de essencias deciduas, semi-deciduas e sub-deciduas.

•Decíduas: quando se apresentam completamente despidas de folhas, durante uma parte do ano.

•Semi-decíduas; mais ou menos 50% de folhas deciduas e a restante percentagem de perenifólies.

•Sub-decíduas: com pequena percentagem de perenifolies.

•Perenifólies: tem folhas durante todo o ano.

•Sub-perenifólies: tem pequena percentagem de decíduas.

 

-Floresta hidrófila

Corresponde a florestas que se localizam em climas muito húmidos e solos muito férteis. Normalmente é constituída por 3 a 4 estratos de vegetação lenhosa cerrada, dos quais o arbóreo é dominante e possui de alto porte. Os outros estratos pouco se desenvolvem devido a escassez da radiação. Podemos encontrar esta formação florestal em zonas de Manica, Cabo delgado, Sofala e Zambézia.

 Formação das zonas aluvionares

As zonas aluvionares estão situadas ao longo dos rios, nas margens dos lagos e lagoas e depressões diversas. Na maior parte, são solos alagadiços, argilosos compactos ou arenosos. As mais vastas regiões aluvionares estão compreendidas nos maiores rios-Zambéze, Limpopo, Save, Incomati, etc.

As formações lenhosas, das zonas aluvionares, são típicas, com características próprias. Entretanto, encontram-se todas dizimadas, pois estas zonas correspondem a terras férteis, sendo geralmente aproveitadas para a agricultura pelas populações. Conhecem-se até então catorze comunidades.

 Formações lenhosas dos montes Libombos

A cordilheira dos libombos é bastante afectada pela erosão das chuvas. Na parte norte desta cordilheira a queda pluviómetrica é baixa, a erosão e menor e a floresta e densa. Na parte sul, as formações atingem maior parte, maior grau de concentração, maior variedade de formas do que na parte norte, devido a maior queda fluviométrica.

 Potencialidades, vantagens e desvantagens socioeconómicas em Moçambique

A floresta nativa é a principal fonte de madeira, material de construção, lenha, carvão, produtos medicinais e outros. Assim, a sua utilização e viabilidade devem ser vistas de forma multidisciplinar. 

Os inventários, realizados há cerca de 10 anos, indicam a existência de 46 milhões de hectares de povoamento florestais, de floresta nativa produtiva. O volume, em pé total, é de 571 milhões de metros cúbicos (m³).

A existência de pouco mais de 10 espécies comercialmente conhecidas em cerca de 100 espécies potenciais, levam a uma redução significativa dos volumes comerciais disponíveis na floresta nativa moçambicana. Aparentemente, há muita madeira, com tudo escasso nas principais espécies conhecidas no mercado nacional e internacional.

A floresta moçambicana é predominantemente de savana arbórea (miombo), de baixa produtividade e crescimento lento e, as técnicas de repovoamento florestal, são pouco conhecidas. Consequentemente, a sua utilização deve ser estritamente sustentável, devendo-se em cada lugar de exploração florestal retirar o volume anual permissível, baseando no crescimento natural do stock de biomassa. 

A sustentabilidade da utilização da floresta nativa esta ameaçada pelas queimadas, agricultura itinerante, corte de lenha e carvão e licenças simples.

A floresta plantada representa, somente cerca de 15 000 ha, muito pouco em relação ao potencial de reflorescimento do país e em relação ao objectivo de substituição do consumo de espécies nativas pelas espécies plantadas. As principais conclusões relativamente ao recurso florestal são:

•A necessidade de adoptar um sistema progressivo de certificação florestal do modo a disciplinar o uso e aproveitamento da floresta.

•A implementação de objectos de plantação florestais comunitários, em espécies de rápido crescimento, para energia doméstica e materiais de construção, de modo a substituir o uso de floresta nativa.

• A urgência de adoptar práticas de regeneração natural, ao mesmo tempo em que se reforça a substituição do uso de madeira nativa por madeira plantada, para utilização de menos valor comercial como lenha e carvão, do modo a perpetuar recurso florestal.

Principais essências florestais

As principais essências florestais moçambicanas distinguem-se em dois grupos:

Essências florestais autótones: são assim chamadas as espécies que se desenvolvem numa determinada região sendo originárias da mesma fonte.

• Essências florestais exóticas: são espécies que estão a viver fora do seu ambiente natural. Neste grande grupo de espécies existem as que são de grande importância em Moçambique que são os eucaliptos e pinheiros.

 Essências florestais autótones

 • Chanfuta

É uma árvore grande, de 10 a 20 metros de altura, tronco curto e regular, de 4 a 12 metros de comprimento e 0,80 a 1,0 metro de diâmetro.Encontra-se dispersa por todo o território nacional, desde a costa as regiões planálticas. Produz madeira de cor castanho-amarelada, sem brilho. A madeira e utilizada na mercenária, carpintaria, fabrico de portas e janelas e outras utilidades na indústria.

 Jambirre (panga-panga)

É uma árvore que atinge 10 a 15 metros de altura, com fuste direito e liso, mais ou menos cilíndrico.

É frequente na floresta aberta, da zona litoral, do norte do Save. A madeira e utilizada na marcenaria, travessas de caminhos-de-ferro, construção civil e naval, o fabrico de parquet. Foi a espécie mais explorada nos anos 60.

 

Pau preto

Pequena arvore de 6 a 10 metros de altura, mas com tronco forte. O borne é amarelado, o cerne castanhado-escuro, quase preto. É uma das madeiras africanas mais valiosas. Encontra-se em matas abertas, do Save para o norte. Necessita de grande plantio devido a corte irracional a que sempre foi submetida.

Tem madeira dura e pesada, difícil de cerar e muito durável. É usada para escultura, mobiliário de luxo, trabalho de adorno e instrumentos musicais.

 

Umbila

É uma arvore de 10 a 15 metros de altura possivelmente a Mais valiosa madeira moçambicana. É uma espécie típica da África tropical. Em Moçambique encontra-se em florestas abertas tanto do litoral como dos planaltos, do limpopo para o norte. A sua madeira é utilizada para carpintaria, marcenaria e construções.

 Principais essências florestais exóticas

Eucalipto

O eucalipto é originário da Austrália. Encontra-se disseminado pelas mais variadas situações de clima, relevo e solo. Aparece desde o nível do mar até 2000 metros de altitude, em áreas de participação pluviométricas que não ultrapassam 250 mm, em solos extremamente pobres, ricos, secos e alagados.

 Por tanto, pode dizer-se que o eucalipto pode ser encontrado em toda a parte.

As suas mais de 500 espécies podem apresentar, ás vezes características muito diferentes umas das outras. No que diz respeito as temperaturas, algumas desolvem-se a temperaturas baixíssimas (18ᵒC), outras a temperaturas elevadas ate 35ᵒC.

Cresce 3 a 4 metros por ano. Apos 6 a 8 anos, as árvores podem ser cortadas.

Pinheiro

Como no caso do eucalipto, o pinheiro possui grande número de espécies, algumas originarias dos E.U.A. E outras partes da América do norte e central, como são os casos dos pinus Elliotis e pinus Taeda que se encontraram nos estados da nova Jersey, Florida, Texas e outros. As suas madeiras moles têm, hoje, mais de 5 000 aplicações. Prestam-se para a confecção de portas, janelas, andaimes, caixas para cimento, escadas, estaleiros, construções, naval e de outras embarcações, para carroçarias, laminados, postes, móveis, instrumentos musicais, brinquedos, lápis, cabos de ferramentas, celulose, óleos, vernizes, resinas, etc.

 

Conclusão

 Com base no trabalho conclui-se que: a silvicultura é como ciência e arte de manipular um sistema dominado por árvores e seus produtos, com base no conhecimento da história de vida, e as características gerais das árvores e do sítio. 

A floresta exerce uma notável função protectora ao solo, agua, e clima contribuindo deste modo para a economia agrícola, uma floresta conservada e que obedece os devidos parâmetros de exploração é uma fonte renovável de produtos indispensáveis para a melhoria da economia de um país. Ela é fonte de matéria-prima para um elevado número de indústrias. 

Bibliografia:

Livro da 10

Classificação das florestas

 

Componentes das formações florestais de Moçambique

 

Formação de zonas aluvionares

 

Formações lenhosas dos montes libombos

 

Potencialidades, vantagens desvantagens socioeconómicos em Moçambique

 

Principais essências florestais

 

Essências florestais autótones

 

Essências florestais exóticas

 

Conclusão

 

Bibliografia

10ªclasse LIVRO DE GEOGRAFIA 
floresta em mocambique


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